Prestação de contas do presidente do PT de Joinville, Adilson Mariano

domingo, 8 de junho de 2014

On 08:05 by Adilson Mariano
Olá, companheir@s

Na última reunião do diretório municipal (7/6) propus e o conjunto da direção aprovou duas importantes notas de apoio à classe trabalhadora. A primeira, diz respeito a nossa cidade, está aqui pertinho, é sobre a greve dos servidores de Joinville. A segunda está bem longe, é em apoio a companheiros ucranianos que estão sofrendo com a perseguição do verdadeiro fascismo e pedem ajuda ao mundo todo. A luta da classe trabalhadora é internacionalista. Desde o Manifesto do Partido Comunista o sabemos: "Proletários de todo o mundo, uni-vos!". Diante disso, pedimos às direções estadual e nacional do PT para que se manifestem sobre o tema. 

Seguem as notas:

Nota de apoio do PT de Joinville à greve dos servidores municipais

Os servidores municipais de Joinville estão em greve desde o dia 20 de maio de 2014. Estes trabalhadores decidiram pelo movimento após mais de dois meses da apresentação da pauta de reivindicações e tentativas de negociações entre o Sinsej e o governo.

Antes de deflagrarem o movimento, os servidores estavam em estado de greve. No dia 19 de maio, havia uma proposta de reajuste salarial apenas no valor da inflação. Além disso, não havia nenhuma proposta sobre o atendimento de saúde da categoria, concessão de vale-alimentação para todos os trabalhadores, progressão salarial por aperfeiçoamento e elevação do piso salarial do magistério, que são os eixos principais da Campanha Salarial 2014. Ao todo, a pauta construída pelos servidores em assembleia continha 70 itens, dentre os quais dois terços não tinham resposta no dia 19 de maio.

Diante disso, o movimento de greve foi deflagrado e o prefeito Udo Dohler (PMDB) manteve o mesmo posicionamento de não dialogar, abrindo uma forte campanha de mídia contra os trabalhadores e judicializando a greve. Um movimento de avanço foi feito apenas no décimo primeiro dia de greve, ainda muito tímido, propondo prazos para 2015. Na Justiça, o governo solicitou o retorno ao trabalho de 100% da saúde e educação e uma multa diária de R$ 50 mil. Na pratica, isso é uma tentativa clara de coibir o direito de greve.

O processo de judicializacao levado a cabo por Udo Döhler segue movimento nacional de criminalização de greves, de todo o movimento sindical, da juventude, da luta por terra, por moradia, do próprio Partido dos Trabalhadores em nível nacional etc.

O PT de Joinville coloca-se ao lado dos servidores municipais em greve e dirige-se ao prefeito Udo Döhler solicitando a reabertura das negociações, bem como a apresentação de uma proposta digna à categoria. O serviço público é muito importante para toda a comunidade e, para que seja restabelecido imediatamente, é necessário que a Prefeitura dialogue verdadeiramente com os trabalhadores. Repudiamos ainda a tentativa de criminalização da greve e defendemos o direito de os trabalhadores lutarem.




Solidariedade à luta antifascista na Ucrânia

Ao Diretório Estadual e Nacional do Partido dos Trabalhadores

Prezados companheiros e prezadas companheiras.

No mês de maio, uma trágica situação se desenvolve na Ucrânia. Bandos paramilitares fascistas, como bandos integrados ao Estado ou diretamente financiados pelas oligarquias, estão realizando ações de terror branco contra qualquer um que se oponha ao governo de plantão de Kiev.

No dia 20 de maio, bandos fascistas paramilitares tentaram sequestrar dirigentes do Borotba, tradicional organização de esquerda da Ucrânia, após uma manifestação popular contra o governo em praça pública e à luz do dia, e foram impedidos por participantes da manifestação.

No dia 16 de maio, a sede do Partido Comunista em Kiev foi invadida. Livros, bandeiras e materiais foram queimados. Ao mesmo tempo, também foram iniciados trâmites para proibir o Partido Comunista no parlamento (que obteve 2,7 milhões de votos na última eleição) e a disfarçada operação antiterrorista continua sendo realizada contra as províncias de Donetsk e Lugansk.

Nesta grave situação, o diretório municipal do PT de Joinville se solidariza e propõe que o PT Estadual e Nacional imediatamente se pronunciem através de todos os seus meios, em solidariedade à resistência antifascista na Ucrânia, bem como protestem nacional e internacionalmente contra esta situação.

Solidariedade aos antifascistas que lutam contra o governo e suportam os ataques mais graves da repressão!

Abaixo o antidemocrático e autoritário governo de Kiev (que inclui membros de extrema direita)!

Contra todos os ataques aos direitos democráticos na Ucrânia!




sábado, 7 de junho de 2014

On 12:08 by Adilson Mariano


Na manhã chuvosa deste sábado (7/6/2014) em Joinville, faleceu o camarada José Mattos. Perdemos um grande lutador, um socialista convicto. Zé de Mattos trabalhou todos os dias de sua vida para construir outra sociedade. Líder comunitário, militante da Esquerda Marxista durante anos, um dos fundadores do PT em Joinville, esteve ao lado dos trabalhadores da Cipla na ocupação da fábrica e em todas as grandes lutas em defesa dos operários e da juventude da cidade.

Zé não perdia nenhuma ocasião de militância. Seu vigor e convicção, mesmo quando enfermo, eram impressionantes. Ele foi um exemplo de solidariedade e luta, um exemplo aos militantes socialistas de qualquer parte do mundo.

Nós, os militantes da Esquerda Marxista, registramos a perda de um grande camarada, mas sua força e convicções permanecerão, sempre.

Em homenagem ao camarada Zé de Mattos: Viva o Socialismo!

domingo, 1 de junho de 2014

On 19:15 by Adilson Mariano
Na reunião do diretório do PT de Joinville de 5 de abril definiu-se, por unanimidade, que a bancada do partido na Câmara de Vereadores votaria contra os projetos 66 e 67/2014, que autorizavam a Prefeitura a contratar médicos clínicos gerais e ortopedistas por meio de uma Organização Social (OS) de Garuva.

Consta na ata: “Caso o prefeito não retire os projetos em plenário, a bancada do PT vai votar contra estes projetos de saúde, que propõem contratação de OS para contratar médicos de maneira terceirizada”.

O diretório aprovou, também por unanimidade, a elaboração e publicação de uma nota que deixava clara a “posição contrária do PT” e determinou que a bancada deveria “fazer o combate contra a aprovação desses projetos”.

Inicialmente, na Câmara de Vereadores, toda a bancada encaminhou o que a direção partidária havia deliberado. O sindicato fez o combate contra os projetos e, diante da forte maioria que tem o prefeito no Legislativo, passou também a questionar vários pontos que deixavam claro os objetivos do Executivo, de terceirizar uma atividade fim da saúde pública municipal.

O Sinsej denunciou as contradições existentes no projeto. Elas demonstravam que essa contratação terceirizada através de OS não seria emergencial, como o prefeito alegava. Na verdade, os prazos dos contratos previstos eram de cinco anos e não ofereciam qualquer garantia de manutenção das escalas dos atuais trabalhadores. Além disso, a Prefeitura não se manifestava sobre a abertura de concurso público para completar o quadro de profissionais da saúde.

Emendas foram apresentadas pela Prefeitura e pelo vereador Manoel Bento (PT), diminuindo o prazo de validade dos contratos e prevendo exigências de qualificação dos profissionais. No entanto, o problema original do projeto, de terceirização da contratação de médicos via OS, foi mantido. As matérias não perderam o caráter de repasse de um serviço público à iniciativa privada, portanto, de privatização.

Assim, em 7 de maio, em primeira votação, e em 12 de maio, em segunda, estes projetos  foram aprovados na Câmara de Vereadores. E, contrariando a decisão do diretório, os vereadores Bento e Lioilson votaram a favor, corroborando com a política privatista de Udo Döhler (PMDB).

Eu, Adilson Mariano, votei contrário a estes projetos privatistas do prefeito que representa os grandes empresários da cidade. Também denunciei que, desde o inicio do seu mandato, Döhler tem procurado destruir e precarizar, de maneira premeditada, os serviços públicos de saúde do município.

Denunciei ainda o fato de que em um ano e meio este governo não foi capaz de realizar concurso público para contratar profissionais de saúde e de educação na cidade. No entanto, o concurso para guardas municipais já está marcado para acontecer em junho. Este projeto foi aprovado no final de 2013. Isso demonstra qual é a prioridade do prefeito que representa os empresários: gerar caos na saúde, educação, assistência social, moradia e investir em privatização e repressão policial (possivelmente para usar essa força contra quem for se manifestar cobrando as promessas de campanha).

Trago estes fatos ao conhecimento da base de nosso partido porque compreendo que é preciso deixar explicito quais são os reais motivos das divergências internas existentes no PT, que cada vez ficam mais claras.

Elas são políticas. Uns se adaptaram aos interesses da burguesia e do capitalismo, passando a achar normal a política de sucateamento e privatização dos serviços públicos. Querem humanizar o monstro capitalista. Outros, com os quais me identifico, continuam na luta pelas reivindicações mais sentidas do povo trabalhador e da juventude. Estão comprometidos com a Carta de Princípios, Manifesto de Fundação e bandeiras históricas do PT.

Vamos continuar lutando e denunciando a coalizão com os partidos da burguesia, linha política que destrói o PT enquanto instrumento de organização da classe trabalhadora e da juventude. Continuamos na luta pelo socialismo, por serviços públicos, gratuitos e para todos, em todos os níveis.